Balanço de 2018

balanco

Como sempre nesta altura do ano, gosto de reflectir sobre o que se passou no ano que termina, e os objectivos que foram ou não conseguidos. Um balanço, na verdadeira acepção da palavra.

2018 foi um ano de desafios na minha vida. Não teve um começo nada brilhante e houve eventos que tiveram um impacto profundo na minha vida. Mas foi mais um ano de muitas e diversificadas leituras, e é essencialmente sobre isso que vou fazer o meu balanço.

Terminei 2017 fazendo alguns planos, vamos ver como correram.

Regressar às viagens. Acabei 2017 cheia de vontade de viajar, no entanto os acontecimentos andaram sempre à minha frente e não foi possível voltar ao estrangeiro. No entanto fiz umas belas passeatas cá dentro a sítios que já são como segunda casa, como Aljezur e as aldeias de xisto, e outros que fui conhecer, como Miranda do Corvo e Constância. Valeram a pena.

50 livros como objectivo do Goodreads. Como já falei aqui, este foi um objectivo atingido, mesmo a finalizar o mês. Dever literário cumprido.

Continuar a minha utilização frequente do Netgalley e manter a percentagem  de feedback acima dos 80%. Dos 50 livros lidos em 2018, 18 foram do Netgalley, o que significa que foram títulos novos, por vezes autores novos que acabei por conhecer. O balanço é claramente positivo, venha mais um ano.

Mais poesia, no blog como na vida! O blog continua alegremente a mostrar poesia todas as segundas-feiras, essencialmente portuguesa mas não só. A minha poesia também já apareceu aqui no blog, mas a escrita foi mais irregular. A minha casa está cheia de revistas belas como a Nervo e a Eufeme para trazer versos à vida.

– O Peixinho está cheio de histórias cá dentro que querem ver a luz do dia. Mas ainda não foi em 2018 que elas sairam cá para fora.

2018 foi um ano diferente e estranho para mim, e 2019 promete trazer muitas surpresas. Vamos ver o que lá vem.

Boas Leituras e Boas Festas!

Desafio Cumprido

reading challenge

Terminado o livro do Netgalley que vos falei aqui, acabei também por atingir o meu objectivo pessoal de ler 50 livros em 2018. Já sabem que é uma competição essencialmente comigo mesma, e que não ficaria assim tão triste se não chegasse lá, no entanto sabe sempre bem chegar ao final do ano e ver que consegui ler mais 50 livros, e quase todos bons.

Das mais de 15 mil páginas que li, apenas 3 livros mereceram 2 estrelas, e a grande maioria estava nas quatro. Foi uma boa colheita.

Em 2019 serei mais comedida no meu objectivo, vamos ver que desafios o novo ano nos trás.

Boas leituras!

Os meus livros do ano.

Acabei de Ler – One Part Woman

one part woman

Keep scrolling if you prefer to read in English.

Ano a terminar e eu resolvi prolongar a pausa na série Wheel of Time para ler mais um livro do Netgalley. Este é passado na Índia rural, algures no passado recente, e é escrito por um autor indiano de origem Tamil.

Conta-nos a história de Kali e Ponna, um casal novo mas já com 12 anos de casamento. Não têm filhos, apesar das inúmeras oferendas a muitos deuses diferentes e isso torna-os motivo de escárnio do resto da aldeia e preocupação/recriminação para o resto da família.

Kali e Ponna amam-se profundamente, e são muito felizes a dois, mas o peso da pressão social leva-os a tentar medidas cada vez mais desesperadas para conseguirem ser abençoados com uma criança e voltar a pertencer ao seu círculo social.

Este livro, que descreve a sociedade indiana dum modo tão cru e por vezes sarcástico, levou a violentos protestos no Sul da Índia por parte de grupos religiososos hindus, culminando com o livro a ser banido. Mais tarde o Supremo Tribunal considerou que isso era ilegal, e admoestou o Estado para proteger melhor os seus escritores. Essa foi a importância social que este livro já atingiu.

Podemos ler este livro como o retrato dum país numa determinada época, ou podemos aproveitar para fazer uma reflexão sobre nós próprios. Quantas vezes nos deixamos influenciar por aquilo que os outros esperam de nós, quantas vezes perseguimos uma coisa porque é aquilo que era suposto termos ou sermos, quantas vezes moldamos os nossos desejos à medida dos outros, mesmo inconscientemente? Não vivemos numa aldeia da Índia rural, mas as redes sociais e os seus justiceiros tornam a nossa vida bem mais pequenina. Se acham que não, pensem em quantas pessoas já foram despedidas ou fizeram pedidos de desculpas públicos por pressão das redes sociais. E quem de nós achar que está imune, é só fazer um dia o comentário errado no sítio errado.

E mais importante, quantos de nós, tal como Kali e Ponna, já são felizes sem o saberem?

Recomendo a todos os que gostam duma boa história, diferente e que nos faz pensar.

Boas Leituras!

Goodreads Review

As we near the end of the year I decided to prolong my break on the Wheel of Time series I’ve been Reading, and dive into another Netgalley book. This is set in rural India and was written by a Tamil writer.
It tells us the story of Kali and Ponna, a young couple with a childless, 12 years marriage. They still don’t have any children, despite all the offers they have made to countless deities and penances made to appease the gods.

Kali and Ponna love each other deeply and are very happy as a couple, however the social pressure takes them to the brink of despair, and they escalate the sacrifices made to the gods in the attempt of finally conceiving a child and come back to the good graces of family and neighbors alike.

We can look at this book as a portrait of a country on a particular time, or we can choose to make a reflection about ourselves. How many times do we let ourselves be influenced by other people’s expectations about how we should lead our lives? How many things do we pursue just because we believe we were meant to have them, or be a certain way to achieve happiness? How many times do we shape our wishes according to other people’s own desires, even without realizing it? We may not live in rural India, but the social media nowadays can make our world very small indeed. If you do not believe it, think about people that have lost their jobs or were forced to public apologies as a consequence of social media pressure. And if you believe you are immune to it, wait until unwillingly you make the wrong comment in the wrong place.

And, the most important thing of all, how many of us, just like Kali and Ponna, are already happy without realizing it?

I recommend it to everyone who likes a good story that also makes you think.

Happy Readings!

Acabei de Ler: The Quiet You Carry

the quiet you carry

Keep scrolling if you prefer to read in English

Apesar do que eu disse num dos últimos posts, acabei por conseguir descolar um bocadinho da série Wheel of Time. Quando peguei no quarto volume, percebi que afinal queria mesmo alguma coisa nova e diferente e por isso fui até às minhas sugestões do Netgalley buscar qualquer coisa radicalmente diferente para me entreter. E não me arrependi.

The Quiet You Carry é o romance de estreia de Nikki Barthelmess, uma escritora americana que passou parte da sua juventude em lares de acolhimento (dos 12 aos 18 anos percorreu 6 casas diferentes) e resolveu traduzir a sua experiência num livro. Como ela própria diz no posfácio, a história que ela conta não é a dela, nem a de ninguém próximo dela, mas o resultado de anos de experiência com um sistema que por vezes falha, e que ela conhece por dentro.

Neste livro seguimos a história de Victoria, uma jovem de 17 anos que vê a sua vida virada do avesso numa noite em que determinados acontecimentos com o seu pai precipitam a sua saída de casa e realojamento num lar de acolhimento com uma mãe adoptiva que gere as suas “filhas” como se fosse um militar num quartel. A partir daí acompanhamos as suas dificuldades de adaptação, as suas inseguranças, a falta de confiança em toda a gente quando a pessoa em quem ela mais confiava lhe falhou.

As reacções são muito verossímeis, conseguimos imaginar que a cabeça duma adolescente abusada tenha aquela espiral de pensamentos, oscilando entre a culpa, a raiva, a suspeita e a dúvida, causando um turbilhão interno que se estende ao meio envolvente.

Como sempre com estes livros do Netgalley não faço ideia se será editado em português, e ainda é cedo para saber porque o livro só será comercializado em Março de 2019, mas de qualquer modo fica já a recomendação para quem gosta de histórias bem contadas, sobre temas difíceis, sem melodramatismos desnecessários.

Boas Leituras!

Goodreads Review

No one can really see the quite you carry, unless you let them.

Despite what I said in one of my previous posts, that I would not be able to let go the Wheel of Time series to embark on a different reading, I managed to do just so. When I started the 4th book of the series I just felt like I wanted something different, so I opened my Netgalley folder on my Kindle and picked “The Quiet You Carry” on the hopes that it would be different enough. And I wasn’t wrong.

This book is Nikki Barthelmes debut novel, an american writer that spent part of her teen years in foster care in Nevada (from 12 to 18 years old she had 6 different homes) and she decided to translate her experience into a book. This story is not her personal story, or from anyone she knows, but a conjunction of the experiences she learned while in foster care, a system that is flawed and she knows from inside out.

We follow Victoria’s story, a 17 year old young girl that finds herself thrown out of her home by her own father overnight, and sees her life be turned upside down just when she was about to graduate. One night events send her to foster care, to Connie’s house that is ruled with an iron fist and is filled with rules and regulations. We then go on to see how she adapts to her new school, how she struggles to fit in, and how she has a difficulty in trusting someone else, seeing that the person she should trust the most failed her.

Her reactions are very believable, and it’s not hard to believe that those conflicted emotions would fill the mind of an abused teenage girl. She goes from guilt to anger to self-doubt causing such turmoil that will escalate to her environment.

As usual with Netgalley books, I have no idea if this will ever be translated to Portuguese, and it is still early to tell, as the book is only coming out next March, but I leave the recommendation anyway to all of those who like good stories, well told, about different things and settings than the ones we are used to.

Happy Readings.

 

 

Acabei de Ler: The Dragon Reborn – The Wheel of Time #3

Wheel of time

Já não é novidade nenhuma que o Peixinho anda a ler esta série de fantasia. Gostava de ter outros e excitantes livros sobre os quais falar-vos, mas de momento é só isto que posso oferecer. E este, apesar de ter estado em casa doente, foi difícil de terminar. A história é boa e anda rápido, mas a minha cabeça não estava “na zona”.

No entanto, e apesar de tudo, ele lá foi em 15 dias. Neste volume o grupo inicial que saiu de Dois Rios em fuga, encontra-se todo fragmentado. Por um lado temos o personagem principal, Rand Al’Thor, o dragão de que se fala no título, que segue sozinho. E isso é bom, porque nos permite conhecer melhor outros personagens, a mesmo ficar a gostar de alguns que não gostávamos (e vice-versa). A história segue grupos diferentes, e os capítulos vão alternando entre pontos de vista, e isso traz diversidade e interesse a este terceiro capítulo da história.

O sistema de magia é complexo e muito bem conseguido, e, dentro daquele mundo de faz de conta, faz bastante sentido e nada é inverossímil.

Aconselho a fãs do género, pessoas que gostam duma boa história bem contada, e sobretudo gente com tempo e paciência.

Boas Leituras!

Goodreads Review

 

Acabei de Ler: The Great Hunt, Wheel of Time 2

Wheel of time

Foi há mais de 15 dias que terminei de ler o primeiro (e grande) volume desta série. Na altura, apesar da escrita não ser deslumbrante, a história era suficientemente interessante para decidir pegar no próximo volume.

Pelo meio, ainda tentei ler um livro de não-ficção, mas que infelizmente se revelou tão desinteressante que nem dei conta dele aqui. Por isso sem demoras voltei ao mundo de Rand al’Thor e seus amigos, na expectativa de continuar a seguir a história do Dragão.

Este segundo volume está muito mais bem conseguido. A história é contada com bom ritmo, as coisas fazem sentido e têm um encadeamento lógico, e temos muitas surpresas e ligações desconhecidas lá pelo meio. A trama continua centrada no pequeno grupo que saiu de Dois Rios em fuga dos Darkfriends, mas desta vez eles encontram-se todos separados e envolvidos em questões próprias. Quase desesperamos por vezes, mas no final temos uma conclusão suficientemente coesa para conseguirmos voltar a respirar.

Esta é outra das vantagens destes livros. Em cada um dos volumes a história fica suficientemente resolvida para conseguirmos respirar de novo e esperar calmamente por vontade de ler o próximo, mas como a história está a desenvolver bem não conseguimos espaçar muito a leitura.

Recomendo a todos os amantes de livros de fantasia, a quem gosta de histórias bem contadas, com um sistema de magia bem desenvolvido e coerente.

Boas Leituras!

Goodreads Review

Acabei de Ler: The Eye of the World, Wheel of Time 1

Wheel of time

Já há muito tempo que andava com esta série no Kindle à espera de vontade de a começar a ler. Wheel of Time é um épico de fantasia considerado por muitos como dos melhores do género, e por outros uma cópia descarada do universo de Tolkien. Escrito quase na totalidade por Robert Jordan, que viria a morrer antes de terminar a saga (careful Game of Thrones), mas que deixou notas suficientes para permitir a Brandon Sanderson (outro escritor de fantasia) concluir a história. Eu estava curiosa para saber o que iria achar.

Começar a ler esta série não é coisa que se faça de ânimo leve, já que tem 14 volumes, todos de dimensão considerável. É preciso gostar-se mesmo para se chegar até ao fim. Tal como no Senhor dos Anéis, a história segue um grupo de jovens duma aldeia remota e pacata onde todos vivem uma vida ligada à agricultura e pecuária. Como é recorrente neste tipo de livros, a inspiração é a Europa da Idade Média, com o seu romantismo e as suas dificuldades.

Demorei cerca de 15 dias a dar cabo deste gigante, mais tempo do que para ler Game of Thrones que normalmente tinham mais 200 páginas em cima. Isso diz alguma coisa do ritmo do livro (ou falta dele) e da quantidade de capítulos puramente descritivos que me custaram a ler.

No geral gostei da história e não me incomodou grandemente a colagem à imagética do Tolkien. A história tem méritos próprios que a tornam interessante e que nos mantêm agarrados para perceber o que se passa a seguir. O sistema de magia, dividido em masculino e feminino, e em que as personagens que detêm o Poder Único são ao mesmo tempo admiradas e temidas, está bem conseguido.

Para mim foi um livro de 3 estrelas (de 1 a 5), e que me manteve interessada. O final acaba em suspense, para garantir que continuamos presos à saga, no entanto, e apesar de ter a certeza que vou continuar a seguir as aventuras de Rand e os seus amigos, para já preciso de um novo livro para intervalar. De preferência de não-ficção, para o corte ser total. Depois logo se vê.

Goodreads Review

Acabei de Ler: As Aventuras de Alice no País das Maravilhas

Alice

O Peixinho não lê clássicos com frequência. Estou sempre imersa nas novidades que vão saindo, ou a ler livros que vêm dos 80’s até hoje. Há sempre livros a aparecer que me despertam a atenção. No entanto, ler clássicos é importante para percebermos de onde vieram as influências dos escritores de hoje, por isso volta e meia lá pego num.

No outro dia estávamos tranquilamente em casa a ver filmes de Domingo à tarde, e acabámos a ver o Alice in Wonderland do Tim Burton e gostámos bastante. Isso fez-me lembrar que tenho o livro no meu Kindle há meses e ainda não lhe tinha pegado, por isso foi natural lê-lo agora.

Fiquei alegremente surpreendida, e gostei bastante. Apesar de ser um livro juvenil está cheio de boas ideias que farão qualquer adulto pensar. Alice é uma criança mesmo à entrada da adolescência, curiosa e que quer perceber tudo à sua volta. Só que à sua volta o mundo é um lugar estranho, no qual ela não percebe bem o seu lugar e o seu corpo cresce e diminui de modos estranhos e surpreendentes, fazendo-a sentir-se ora pequena demais ora demasiado grande e conspícua. Parece-me uma excelente alegoria à adolescência.

Lá pelo meio temos também uma reflexão sobre autoridade, (ab)uso de poder, estratos sociais e outras coisas bastante adultas.

Mas acima de tudo é um livro bastante divertido e fácil de ler, que promete encantar pessoas de todas as idades. Agora o próximo passo é ler a segunda parte, Alice do Outro Lado do Espelho.

Boas Leituras!

Goodreads Review

Acabei de Ler: Sandman Slim #10 – Hollywood Dead

Hollywood Dead

Como o tempo passa a correr já fez um ano que li o nono volume desta série que recomendei aqui há uns tempos. Este livro foi editado há pouquíssimo tempo e traz-nos mais uma aventura de James Stark, aka Sandman Slim, o monstro que mata monstros.

Tal como nas edições anteriores este livro tem um ritmo tão vertiginoso como a vida em LA geralmente é. Mortes, traições, facções antagónicas que lutam entre si, o Céu encontra-se em guerra e está fechado a novas entradas.

Passado um ano depois do final do anterior, que tinha acabado abruptamente naquilo que em inglês se chama um cliffhanger e que não encontro correspondência em português com o mesmo impacto. Foi assim que nos sentimos quando terminou The Kill Society, à beira dum precipício, segundos antes duma queda vertiginosa.

Este volume agarra-nos antes de chegarmos ao chão, mas a aterragem não é muito suave. Como sempre, James Stark salva LA e o mundo, mas não muito. Continuamos a ter a dose certa de vilões no activo para garantir que temos um volume seguinte. Infelizmente prevê-se mais uma espera de um ano.

Boas Leituras!

Goodreads Review

Acabei de Ler: The Woman Who Kept Everything

woman who kept

Keep scrolling if you prefer to read in English

Desta vez escolhi no Netgalley um livro que me pareceu divertido e descontraído e não estava enganada. The Woman Who Kept Everything conta-nos a história de Gloria, uma idosa de 79 anos, uma acumuladora de tralhas, revistas, recordações avulsas e lixo, de tal modo que a sua casa se torna inabitável e ela tem de ser temporariamente realojada, primeiro num lar e depois em casa do seu filho único.

Isso será o factor despoletador de mudanças profundas na sua vida, ajudada pelo seu amigo de infância Tilsbury e uma grande aventura de auto-descoberta vai mudar completamente o seu final de vida e a sua visão do mundo.

Se estiverem à espera dum livro extremamente preciso em relação aos problemas de acumulação, desenganem-se. Não é esse o objectivo desta história. No entanto conseguem abordar-se temas sérios, como doença mental e a falta de independência dos idosos. A certa altura da vida parece que se assume que uma pessoa já não é capaz de tomar conta de si própria e perde-se o direito a tomar decisões, escolher o que queremos, viver aventuras ou experimentar o amor.

Duma forma leve e descontraída este livro vem lembrar-nos que nunca é tarde demais para agarrar a vida com as próprias mãos e fazer as mudanças e decisões difíceis que nos levarão a tomar o rumo que queremos e achamos melhor para nós.

Recomendo a todos os que gostam duma história leve, bem contada e divertida. É apenas um livro descomprometido, mas nem sempre isso é mau, pois não?

Boas Leituras!

Goodreads Review

This time the book I chose on Netgalley was one that seemed fun, relaxed and I wasn’t wrong about it. The Woman Who Kept Everything tells us Gloria’s story, a 79 year old hoarder that accumulates magazines, memories and all kinds of junk on her house. This eventually leads to trouble and she needs to be rehomed, first in an old people’s home, later in her son’s house.

This will be the trigger that will provoke profound changes in Gloria’s life, first not pleasant ones but after a push from her long-time friend Tilsbury, she will experience a journey of self-discovery that will radically change her outlook on life.

If you are expecting an accurate depiction of hoarding problems, this book is not the place to look. That is not the purpose of the story. Nonetheless the author can still include some serious issues, like mental illness, depression, and the fact that we expect old people to give up on their lives as we deem them unable to make decisions, know what is best for them, live adventures or even find love.

In a light-hearted way this book reminds us that is never too late to grab our lives in our own hands and make all the necessary changes and adjustments to do what is best for us.

I recommend it to everyone who likes a light story, fun and well told. It is a light read, but that’s not always a bad thing, is it?

Happy Readings!