Ler nas Salas de Espera

sala de espera

Por motivos variados o Peixinho tem passado bastante tempo em salas de espera de hospitais, centros de saúde,  finanças e outros serviços em geral. Às vezes temos de andar ao sabor do que a vida nos traz, e tem sido esse o meu périplo ultimamente.

Esperava eu que estando tantas horas sentadinha numa cadeira de Kindle na mão, os livros se sucedessem a um ritmo vertiginoso e eu estivesse a quebrar records de leitura. No entanto não tem sido bem assim.

Na realidade não consigo imaginar sítio menos propício a uma boa leitura que uma sala de espera. Quando estive 5 horas nas urgências devo ter lido no total 2 capítulos, e pouco me lembro do que li. Estando nas urgências estava obviamente preocupada e com pouca cabeça para leituras complexas. Até aí nada de mais, escolhi um Poirot que é uma coisa simples e de processamento mental fácil.

Mas depois temos um número que nos foi atribuído, e sabemos que a qualquer momento somos chamados. Nós e as dezenas de pessoas na mesma sala. O que significa que cada vez que o placard com as senhas apita, e fá-lo quase de 30 em 30 segundos, temos de levantar os olhos para ver se chegou a nossa vez. E este ritual processa-se durante todo o tempo que estamos à espera, impossibilitando qualquer tipo de concentração.

E a sensação é a mesma, quer esteja no hospital, nas finanças ou nos CTT. Por isso continuo alegremente a avançar mais na leitura nas horas que passo no autocarro, ou nalguns serões literários do que em salas de espera onde a vigilância é constante.

Boas Leituras!

O Peixinho foi a banhos

Praia Carvalhal

Como todo o português que se preze, se a comunicação social anuncia bom tempo para o fim de semana, o Peixinho também ruma à praia. Desta vez fomos até à Praia do Pego, na zona da Comporta, já que a época balnear ainda não começou e essa zona ainda não se tornou insuportável. São praias bonitas e naturais, mas longe e caras de lá chegar, e normalmente muito cheias mal começa o bom tempo a sério. No entanto nesta altura são ainda muito pacatinhas.

Aproveitámos para dar um salto a Alcácer do Sal primeiro e almoçar no magnífico restaurante Porto Santana. A sério, se não conhecem, vale a pena o desvio só para conhecer. A açorda de tomate é maravilhosa, e isto vem duma pessoa que não gosta de açorda.

Entretanto a minha terceira actividade favorita para fazer na praia a é ler. A primeira é obviamente tomar um belo banho de mar (estava demasiado frio/demasiada açorda hoje) e a segunda uma grande caminhada. Mas logo a seguir vem estar tranquilamente a ler ao som do mar. E como sou um bocadinho… picuinhas… obsessiva… com determinadas coisas, não consigo levar o Kindle para a praia por medo de o estragar com areia em orifícios estranhos. Assim aproveito para finalmente ler os livros em papel que ando a negligenciar, como este que comprei numa promoção da Ler Devagar já no ano passado e ainda não lhe tinha pegado. Li umas páginas (sim, confesso, foi o título que me atraiu), e a estranheza do que li fez-me comprá-lo imediatamente. Finalmente comecei a ler e não estou desiludida. Em breve a review.

Leio por Aqui – Praça de Londres

Praca de Londres

Para aproveitar todos os raios de sol possíveis e desintoxicar duma semana de ar condicionado gosto de, sempre que possível, ler um bocadinho numa esplanada.

Fomos passear para a zona do Areeiro, e depois da dica que me deram no artigo sobre as pequenas bibliotecas resolvi investigar a Cabine de Leitura que sugeriram nos comentários. Como era meio da tarde dum sábado, estava fechada, mas deu para dar uma espreitadela aos títulos e variedade disponível, e gostei do que vi. Muitos títulos interessantes e mesmo livros de criança.

Entretanto aproveitámos para nos sentarmos no quiosque do Bananacafe a desfrutar do solinho bom. É um sitio muito sossegado, com música ambiente mas nada de exagerado e bastante dog friendly. Eu que o diga que estive a ler com uma cadela gigante sentada aos meus pés e a pedir-me uma festa ocasional. Aconselho, principalmente agora que dizem que o bom tempo finalmente começa para a semana.

Leio por Aí – Café

Leio Por Aqui_Cafe

Almoço quase sempre  (bem) acompanhada nos dias de trabalho, mas sempre que isso não acontece, a companhia é outra.

Aí aproveito para estar sentada num café, de preferência sossegado, com uma bica bem tirada, sem açúcar como manda a praxe, e avançar mais umas páginas ou mesmo mais uns capítulos consoante o livro seja de ler ou de devorar.

Depois disso, mesmo que o veredicto seja voltar ao trabalho por mais umas horas, volta-se mais leve, e com mais vontade.

Leio Por Aqui

Leio Por Aqui_Autocarro

O autocarro, embora não seja o local mais glamouroso do mundo, é efectivamente onde eu leio 80% dos meus livros. Por um lado não enjoo nem me faz diferença aos olhos ler em andamento. Por outro, tenho a “sorte” de ter pelo menos 45 minutos de viagem em cada sentido, o que me permite dar um avanço diário considerável nas minhas histórias.

Ir imersa numa boa história ou numa viagem interessante permite dar outro colorido ao que de outra forma seria uma viagem extremamente monótona e repetitiva. Assim, as minhas idas para o trabalho nunca são iguais.