Assim num instantinho e já se passaram 7 anos desde que comecei a falar de livros aqui no meu cantinho. 7 anos em que visitei lugares incríveis, li livros fabulosos, e tive mudanças de vida inesperadas, e sobre tudo isso fui dando conta aqui.
Não consigo contabilizar exactamente sobre quantos livros dei a minha opinião aqui, mas sei que foram muitos. Livros que terminei de ler, e livros do passado que ainda são importantes. Livros que são parte da vida e do crescimento.
Também publiquei 299 poemas, na sua grande maioria de autores portugueses, incluindo 4 da minha autoria, para partilhar o meu amor pela poesia.
O plano é continuar enquanto fizer sentido, enquanto houver livros que me surpreendam e que valha a pena partilhar. Apesar de ler ser um acto essencialmente solitário, o gosto por livros e pela leitura aproxima as pessoas e gera debates saudáveis. Espero que continuem aí desse lado, que eu cá continuarei a opinar.
Sinto que ainda ontem comecei nestas andanças e na realidade o Peixinho já fez 5 anos. Por aqui passaram muitos livros lidos e para ler, muita poesia e algumas viagens. Cada vez menos viagens por causa da pandemia e de um carapauzinho que nem dois anos tem, mas há sempre esperança de retomar em breve.
5 anos em que muitas vezes sinto que escrevo apenas para mim, mas suponho que esse seja o objectivo primeiro de qualquer blog, permitir-nos deitar cá para fora os nossos pensamentos.
Venham mais 5 recheados de livros, viagens e muita poesia!
Sinto que ainda ontem comecei este projecto de vir aqui deixar as minhas ideias sobre livros que leio, e assim, num ápice já passaram 3 anos. Nestes anos falaram-se de muitos livros (não os contei, mas tenho a certeza que foram muitos). Livros que acabei de ler, livros que li na infância/juventude, livros que não devia ter lido.
Partilhei passeios a sitios exóticos e a sitios locais, todos pitorescos (pelo menos para mim) e com algo de especial. Partilhei espectáculos que vi, filmes que assisti. Mas mesmo assim o meu artigo mais lido no blog continua a ser este.
A minha vida mudou muito nestes 3 anos, e a previsão é que mude ainda mais durante 2019, mas cá estarei para dar conta disso.
O Peixinho Vermelho sabe bem que o melhor presente que me pode dar em qualquer ocasião é passeata, por isso toca de me surpreender com um fim de semana de aniversário à beira mar. Como 2016 foi muito intenso de viagens, este ano estamos a recuperar a carteira com pequeninos passeios cá por dentro, mas o entusiasmo dum peixinho é sempre o mesmo, basta haver água.
Pois que a primeira paragem foi no Portinho da Arrábida, para nos esticarmos ao sol a ouvir as ondas. O plano era ler um bocadinho na areia, mas como estou esgotada da minha cabeça acabei por ficar simplesmente a desfrutar do silêncio, dos pássaros e da natureza. Claro que isso durou pouco, porque apareceram dois irmãozinhos deliciosos a brincar com um papagaio e a brincadeira não tinha graça se eles não estivessem a brigar um com o outro com o volume dum jacto supersónico a descolar. Os pais, casal sapiente e sabedor, estava a mais de 500m da sua prole para proteger os próprios ouvidos, o que claro causava a que à briga se juntassem ainda os clamores de: “OH MÃE OLHA O MANO!”
Estávamos nós a pensar para os nossos botões que raio de karma é que nos faz sempre isto, quando um vento maravilhoso (estava um dia com algum vento, parte da areia da praia ainda não saiu dos meus cabelos) deu um sacão e levou o papagaio que deve estar agora algures em Marrocos. O silêncio voltou à praia e pudemos continuar a desfrutar da manhã em tranquilidade.
Depois dum almoço simpático numa das esplanadas da praia, onde fomos muito bem atendidos, rumámos ao destino final do fim-de-semana, Sesimbra. Da última vez que lá tinha ido, há cerca de 30 anos, foi para acampar com a minha madrinha e o meu primo que teria cerca dum anito, e lembrava-me duma vila pequena e simpática, e da longa subida para o parque de campismo.
Digamos que a simpatia da vila perdeu-se algures nestes 30 anos. Simplesmente não há lugar para estacionar em lado nenhum, supostamente há um parque algures, mas não conseguimos dar com ele, paga-se parquimetro todos os dias, incluindo ao fim de semana, e o hotel para onde íamos cobrava 10€ de parque (claro, toda a gente vai pagar, sob pena de ter de andar com o carro debaixo do braço).
Ora, nós somos teimosos e descobrimos um recanto onde não se pagava algures cá para cima, mas a descida era íngreme e com malas foi uma aventura. Enfim, senhores autarcas, não é simpático, não promove o turismo, deixo a minha opinião.
Depois a praia está com muito pouca areia, e também não convida a a passeata, porque nos sentimos ao colo das pessoas no paredão, por isso Sesimbra não deslumbrou. Valeu a piscina interior do hotel, muito acolhedora e onde passámos a tarde a escaldar o resto da cara. À noite fomos comer um belo peixe grelhado a um restaurante muito catita também, O Velho e o Mar, aconselho se forem para aqueles lados, mais uma vez o serviço foi simpático, a comida foi boa e a sobremesa, gigantesca, era bastante interessante.
Domingo começámos por dar uma passeata até ao Castelo de Sesimbra, que nenhum dos dois conhecia. Custou mais do que o previsto chegar lá, porque o meu telemovel estava nos seus estertores finais e o GPS resolveu achar que o castelo era uma casa abandonada no caminho para o Meco, mas depois desse equívoco resolvido valeu a pena o desvio, porque o Castelo verdadeiro está muito bem recuperado e tem uma vista lindíssima sobre a vila de Sesimbra. As exposições também são interessantes e explicam um bocadinho sobre a história da zona, dá para perceber há quanto tempo a fortificação existe e a importância estratégica que teve. Giro para miúdos e graúdos.
Para terminar achámos por bem voltar onde tínhamos sido felizes, e fomos de novo para o Portinho, mas infelizmente íamos levantando voo. Estava um vendaval que ninguém conseguia estar na areia, e o nosso peixinho grelhado acabou por ficar mais temperado do que desejaríamos.
Mas as praias da Arrábida são deslumbrantes, e gostamos muito de lá ir off season, para descontrair um bocadinho e aproveitar o sol de Inverno/Primavera. É sem dúvida das paisagens mais bonitas de Portugal.
A nossa vista sobre a marginal de SesimbraNo Castelo de Sesimbra
42 é, em bom inglês, the Answer to the Ultimate Question of Life, The Universe, and Everything. Que é como quem diz, a resposta para todos os mistérios existentes na vida, no Universo e em Tudo. Pelo menos foi essa a conclusão a que chegou um mega computador chamado Deep Thought após 10 milhões de anos de cálculos intensos.
Para quem nunca leu Douglas Adams, eu aconselho vivamente a sua leitura. O Hitchicker’s Guide to the Galaxy é um livro (ou conjunto de livros) absolutamente deliciosos, cheios de um humor muito britânico e refinado, mas com um conteúdo bastante mais elaborado do que à partida poderia parecer (já falei dele aqui).
Por exemplo, neste pequena paródia sobre o número 42 está subjacente a teoria de Garbage in Garbage out, que os diz que em computação se os dados que introduzimos à partida forem defeitusosos, ou lixo, então os resultados que vamos produzir serão também errados. Ecologista convicto, podemos também encontrar muitas mensagens de protecção da natureza e sobre o modo como o homem é muitas vezes arrogante no seu tratamento. Mas sempre debaixo duma capa de sarcasmo e muito humor. Aconselho muito.
Douglas Adams teria feito 65 anos ontem, dia 11 de Março, mas faleceu de ataque cardiaco em 2001.
Eu faço 42 anos hoje. É uma responsabilidade grande carregar durante 365 dias the meaning of Life, the Universe and Everything, e espero que no minimo isso mude a minha vida e me torne mais sábia. Senão, don’t panic!