Já foram anunciados os finalistas do International Booker Prize (antigo International Man Booker), atribuídos por um júri ao que consideraram os melhores e mais relevantes livros do ano traduzidos para a língua inglesa. Este ano a lista é a que está abaixo, e tem alguns títulos que acho mesmo interessantes. Deixo-vos as minhas impressões em cada um deles.
The Enlightenment of the Greengage Tree de Shokoofeh Azar, autora iraniana que tem aqui a sua primeira obra traduzida para inglês. Passa-se no Irão na década após a revolução islâmica de 1979, e parece-me uma história muito tocante e interessante. Sem dúvida que tenho interesse em ler.
The Adventures of China Iron de Gabriela Cabezón Cámara, passado nas pampas argentinas em 1972, China é uma jovem mulher que vai embarcar numa jornada pelo interior argentino com uma escocesa, e que vão admirando as belezas da natureza do país. Esta autora já tem os seus talentos firmados na literatura sul-americana, no entanto ainda não li nada dela, também porque ultimamente tenho andado mais virada para livros asiáticos. Mais uma vez, parece-me uma boa aposta.
Tyll de Daniel Kehlmann, livro dum autor alemão que também já não é novo nestas andanças e que aqui revisita um clássico do folclore alemão com humor sarcástico. Uma espécie de conto de fadas negro. Parece-me também interessante, mas menos que os anteriores.
Hurricane Season de Fernanda Melchor, esta jovem autora mexicana vê aqui o seu primeiro romance traduzido para inglês. À semelhança de Crónica Duma Morte Anunciada, de Gabriel García Marquéz, também aqui se começa com uma mulher assassinada e se vai andando para trás no tempo até se descobrir o que realmente aconteceu.
The Memory Police de Yoko Ogawa, é um livro que parece muito promissor. Já li um livro desta autora que achei lindíssimo, e que falarei aqui em breve, por isso estou muito entusiasmada por ler também este.
The Discomfort of Evening de Marieke Lucas Rijneveld. Marieke é uma poetisa holandesa que já ganhou vários prémios no seu país e que se aventura agora nos romances. Este seu primeiro título é passado na Holanda rural, e segue a história duma família que se desintegra aos poucos. Para mim parece-me demasiado pesado para conseguir ler nesta altura, embora me pareça bonito e com um cuidado especial com o uso das palavras.
Já temos aqui uma bela selecção de livros recentes para ocupar esta quarentena, que me parece que ainda está para durar. Até lá, Boas Leituras!