Os 6 Melhores Livros Lidos Em 2022

livros

E assim de repente já se passaram os primeiros seis meses do ano, e eu juro que não sei por onde é que o tempo foge. Mas ao menos este ano tem fugido com livros, o que sempre é melhor.

Propus-me no desafio de início do ano do Goodreads a ler 50 livros em 2022, que é mais ou menos o desafio que faço por ano. Mas desde que a capacidade cerebral diminuiu (leia-se maternidade aconteceu), que eu não tenho andado muito virada a livros grandes ou extremamente complexos, e isso reflecte-se na quantidade de livros que eu consigo ler. Este primeiro semestre já foram 40, o que é um número impressionante, para mim.

E posso dizer que a qualidade não anda nada má, já que 5 foram 5 estrelas, e 14 foram 4 estrelas. Também houve alguns no outro extremo da tabela, mas foram menos. Em baixo deixo as minhas sugestões de 5 estrelas, que foram todos livros muito interessantes (e 2 de 4 que ainda penso neles), sem nenhuma ordem em particular.

  • Mrs Death Misses Death: um livro poético e estranho que li quase no início do ano, com a morte como personagem.
  • Dune: o clássico de ficção científica, que não será para todos os gostos, e que ao contrário do que eu disse acima, era grande e complexo.
  • The Last Rhinos: um relato particularmente interessante sobre os esforços dum conservacionista em salvar uma subespécie de rinocerontes africanos que apenas existia num pequeno parque numa zona flagelada por conflito armado. Triste, como infelizmente estas coisas normalmente são.
  • Beartown: Finalmente rendi-me à coqueluche dos últimos anos, Fredrick Backman, e não me arrependi. Já tenho a sequela no Kindle para ler.
  • At Night All Blood is Black: vencedor do Booker International do ano passado, é um relato brutal e poderoso dos horrores da guerra. Apesar de se passar na Primeira Guerra Mundial, continua tristemente actual.
  • The Ones That Walk Away From Omelas: Um pequeno conto da raínha da ficção cientifica, Ursula K. Le Guin, que nos faz pensar muito sobre as escolhas que fazemos diariamente, e o impacto que têm no resto da humanidade.
  • This is Going to Hurt: Um relato na primeira pessoa do serviço nacional de saúde britânico, mas que poderia muito bem ser no nosso. Actual e transversal.

De todos os livros que li este ano estes são os que se destacam mais, no entanto tem sido uma boa colheita cheia de bons títulos. Esperemos que o resto do ano seja pelo menos tão bom, que eu aqui vos vou dando conta.

Até lá, Boas Leituras!

Acabei de Ler – Then It Fell Apart

Moby

Keep scrolling if you prefer to read in English.

Mais uma vez tive que fazer uma pausa na ficção para limpar o palato e resolvi ler um dos volumes das memórias do Moby. Não costumo ler biografias, as minhas escolhas de não ficção estão mais viradas para viagens ou ciência, mas esta foi-me recomendada pelo outro peixe leitor cá de casa e resolvi pegar-lhe.

Moby não escreveu uma biografia no sentido tradicional, com princípio, meio e fim. Neste livro ele focou-se no seu segundo período de fama, no início dos anos 2000, intercalado com momentos chave da sua infância que podem trazer luz a alguns dos seus comportamentos. Não se esforça por parecer simpático ou boa pessoa aos olhos do leitor, antes pelo contrário. É extremamente honesto ao relatar a sua obsessão pela fama, a sua vida dissoluta de alcóol, drogas e mulheres e a relatar episódios menos felizes.

O facto de estarmos constantemente a fazer saltos temporais resultou muito bem neste livro, e impediu que se tornasse apenas uma sucessão de festas com VIPs e má vida, dando-lhe contexto e criando empatia pelo autor, coisa que dificilmente teríamos se lessemos só a parte sobre a fama.

Moby não teve uma infância e adolescência fáceis, e fez muitas escolhas menos boas ao longo da vida. Este livro é também um grande manifesto sobre a importância da doença mental, e como ela atinge qualquer pessoa independentemente do seu estatuto social e do dinheiro que se tem, e como não deve ser ignorada ou desvalorizada apenas porque a pessoa parece estar bem aos olhos do mundo.

Foi um livro que gostei bastante e que acho que pode ser apelativo para qualquer pessoa, independentemente de gostar ou não da música do Moby. Eu por acaso gosto, principalmente dos albúms que são falados ao longo do livro, o que foi um bónus especial. Voltei a ouvi-los durante a leitura, bem como outros artistas e bandas que são descritos intensamente, e que pertencem também ao meu baú de memórias.  Se vão à espera dum livro acerca do processo criativo, ou como cada albúm foi criado, desenganem-se porque não isso que se mostra aqui.

Boas Leituras!

Goodreads Review

I have had another break from fiction to cleanse my palate, and I picked up this volume of Moby’s memoirs that was recommended by the other reader in this house. I usually don’t read biographies or memoirs, I gravitate more towards science and travelling books, but I trusted the recommendation and dived in the book.

This is not a traditional biography, but more a collection of his memoirs from specific timelines, his second bout at fame on the early 2000’s interspersed with episodes from his childhood that shed some light on his adult behaviours. He doesn’t ingratiate himself to the reader, quite the opposite. He is very candid in sharing with us his obsession with fame and his relationship with drugs, alcohol, and women.

The fact that we keep jumping back and forth in time worked really well, because it provided a needed break to the succession of parties, drugs, and VIP’s descriptions, gave some context for Moby’s mental state, and actually created empathy with the reader. Moby did not have an easy childhood and adolescence and made a lot of poor choices along the way.

This book is also a testimony to the importance of mental health, how it can affect anybody regardless of social status, success, fame, and money available. It should not be dismissed just because you have a better life financially. When someone wishes to end their life, it is of little use the square footage of their home, or the money in the bank, and their mental state should not be dismissed just because it appears “they have it all.” We can think of so many examples of this…

I really liked this book and I believe it can appeal to many people, regardless of like Moby’s music or not. I like it, especially the albums that were created in this period, and that was an extra bonus. This book made me go back and listen to them, but also other artists and bands that Moby referred to and belong to my memory lane as well. However, do not expect a book that dives deeply into the meanders of composing and producing an album, because that is not what the focus here.

Happy Reading!

Acabei de Ler – Ariadne

Ariadne

Keep scrolling if you prefer to read in English.

Li recentemente dois livros da mesma autora, Madeline Miller, que era recriações da mitologia grega e gostei muito. A escrita era boa, as histórias muito interessantes já de origem, e a nova roupagem só as fez ficar melhores. Por isso, quando vi nalguns sitios boas críticas a este Ariadne, resolvi arriscar em busca duma experiência semelhante.

Ariadne é fillha do Rei Minos de Creta, aquele que tinha um minotauro num labirinto. Ela é também quem ajuda Teseu, jovem príncipe de Creta, a escapar ao labirinto e matar o minotauro. Isto é o princípio da história mais tradicional de Ariadne, que a partir deste ponto tem várias versões.

A escolhida pela autora é a mais romântica, por assim dizer, mas também a que efectivamente dará alguma continuação à história, uma vez que muitas versões matam Ariadne pouco depois do seu papel de ajudante de Teseu. Para além de Ariadne, também a sua irmã Fedra em um papel preponderante na história, é um pouco como a outra face da mesma moeda.

A história em si não é desinteressante, pelo menos em teoria. Mas na prática a autora efectivamente não é a Madeline Miller e não conseguiu fazer com que os personagens parecessem vivos nas páginas. Não consegui sentir empatia nenhuma pelas personagens principais, antes pelo contrário, na maior parte do tempo estava apenas enervada. Depois a mensagem não estava subtilmente embebida na história, mas era proclamada em cada página, como se ainda não tivéssemos percebido. Sim, os homens são todos iguais e uns malandros, mesmo os que aparentemente não o são. É um facto que a vida dos mortais no tempo dos deuses gregos era particularmente complicada, e que eles se viam muitas vezes envolvidos em maquinações das quais não eram responsáveis. Mas mesmo assim, há coisas que conseguimos perceber sem nos serem apregoadas. Como dizem os ingleses, show instead of tell.

No final é apenas um livro que não aquece nem arrefece. Suponho que haja quem goste da história, principalmente se forem grandes fãs de mitologia, mas sinceramente só recomendo mesmo a esses.

Boas Leituras!

Goodreads Review

I’ve recently read 2 books by Madeline Miller that were retellings of Greek mythology and I really enjoyed them. The writing was particularly good, the stories were interesting to start with and got even better in this retelling, so overall these were delightful books and left me wanting more. So, when I spotted nice reviews about Ariadne, I decided to go for it.

Ariadne is the daughter of King Minos, from Crete, the one with the Minotaur in a labyrinth. She is the one that helps Theseus to conquer the minotaur and escape the labyrinth. This is the beginning of the most common story of Ariadne, who has different outcomes from this point onwards.

The one chosen by the author was the most romantic path, which makes sense as the story needs to continue and be engaging, and in many versions, Ariadne dies soon after helping Theseus. Also with a relevant part in this story is Phaedra, Ariadne’s sister, who works as a counterpart and plays a significant role.

In theory, the story is interesting. But Jennifer Saint is not Madeline Miller, and she hasn’t been able to make the characters come alive on paper. I failed to feel empathy with any of main characters and most of them annoyed me a lot. The message that the author was trying to put through was also not subtle, and it was in our faces almost every page. Yes, men are terrible, even the ones that seem ok, and women do nothing else but suffer. Even if this might be a true premise and life in ancient Greece was not easy due to the will of the gods, I would have preferred more show and less tell.

In the end it was just an ok book, sometimes boring, sometimes annoying. If you are a huge fan of Greek mythology, you might still enjoy it, but I wouldn’t recommend it otherwise.

Happy Reading!

Quadrilha

carlos drummond de andrade

João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili,
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.
Carlos Drummond de Andrade

Vencedora do Women’s Prize For Fiction 2022

ruth ozeki

Foi anunciada na passada quarta-feira dia 15 a vencedora do Women’s Prize for Fiction deste ano, Ruth Ozeki, com The Book of Form and Emptiness.

Ainda não li este livro, mas gostei muito do seu outro livro, A Tale for the Time Being, por isso tenho grandes expectativas em relação a este. As suas 480 páginas podem fazer com que demore um bocadinho a apetecer-me pegar nele, porque ando virada a leituras mais curtas ou menos complexas, mas está certamente no meu radar para 2022.

Começo a achar que estes são mesmo uns prémios a seguir, porque é o segundo ano seguido em que a vencedora foi mesmo a meu gosto.

Já leram este livro ou alguma das nomeadas?

Boas Leituras!

Acabei de Ler – Cursed Bunny

cursed bunny

Keep scrolling if you prefer to read in English.

E aqui está mais um livro que foi finalista deste ano do Booker International, e que me chamou muito a atenção. Cursed Bunny é a colecção de contos fantásticos da escritora coreana Bora Chung, e que colecção de contos. Até agora ainda não sei muito bem o que li.

São histórias que oscilam entre o terror e o fantástico, com pitadas de realismo mágico e folclore e conseguem fazer-nos sentir enojados, impressionados ou horrorizados, em igual medida. São realmente contos fantásticos em todas as acepções da palavra. Mas todas elas nos fazem reflectir sobre o estado da sociedade actual, o papel da mulher na sociedade, aquilo que temos que fazer para manter as aparências, os compromissos que fazemos com a nossa consciência e a nossa personalidade para continuarmos a ser membros respeitados duma sociedade rica em normas. E tudo isto através de coisas aparentemente absurdas. Foi certamente uma excelente leitura.

O único defeito, na minha modesta opinião, é que os primeiros contos são bastante melhores e mais eficazes que os últimos, e por isso o livro foi decrescendo em interesse e prazer de leitura, mas isso não invalida a fantástica experiência que foi.

Recomendo a todos os que gostam de boa literatura, de histórias diferentes, mas apenas se tiverem alguma tolerância a cenários macabros, violentos ou repugnantes. É preciso estômago.

Boas Leituras!

Goodreads Review

Here is another shortlisted book for the Booker International 2022 that caught my eye. Cursed Bunny is a short story collection by the Korean author, Bora Chung. This is a mix of genres, and to be honest I’m not quite sure of what I read yet.

These were stories that go from horror, sci-fi, magic realism and a bit of folklore and they make us feel nauseated, scared, impressed, and horrified in equal parts. These are fantastic tales, in all sense of the word. But all the stories have a common denominator, they make us think about current society, capitalism, women’s role, what we need to do to keep up appearances and all the compromises we make with ourselves to continue as respected members of society. And all these reflections happen on the back of absurd situations. It was a very interesting read.

In my opinion, the only problem with this book was that the first stories were better and more effective than the last ones, so ending this book was a bit underwhelming. Even so, it was a fantastic experience, and I still think about some of the stories.

I recommend it to everyone who loves good literature, different stories, and environments, if you have high tolerance for gruesome and macabre situations. You need to have a strong stomach.

Happy Reading!

Primeiro Encontro

frederico pedreira

Nunca percebi o
silêncio obstinado das
praias da marginal
pelas noites de inverno,
a indiferença das coisas
em que um dia fomos grandes.
Não exijo agora que te molhes,
– a água está tão fria – ou que me
dês um das tuas mãos. Gostava,
por uma vez, que este mar
sossegasse connosco dentro.
Rema, temos tempo.
Ainda que seja sempre tarde
para irmos mais longe,
podemos seguir
o balanço que nos separa.
Frederico Pedreira

Acabei de Ler – Storm Front (Dresden Files #1)

storm front

Keep scrolling if you prefer to read in English.

Desde que terminei a série do Sandman Slim, de Richard Kadrey, que sentia falta duma fantasia urbana, cheia de acção, monstros e cenários citadinos. No que toca a livros de fantasia, este género tem sido mais apelativo para mim ultimamente do que aquelas fantasias épicas cheias de elfos, fadas e magias complexas, que nós habitualmente associamos a este género. São fases. Pesquisei por um digno sucessor em muitos grupos literários que sigo, mas como não é um gosto comum não cheguei a lado nenhum.

Até que cheguei a estes Dresden Files, de Jim Butcher, que seguem as aventuras do único feiticeiro com anúncio nas páginas amarelas de Chicago, e provavelmente do mundo. Se alguma vez viram uma série policial antiga chamada Balada de Hill Street, ou uma um bocadinho menos antiga, NYPD Blue, conseguem sentir o ambiente que se passa neste primeiro livro da série, que ainda tem uma vibe muito anos 90 e muito policial. Harry Dresden é um feiticeiro com consultório aberto, mas com pouco movimento. É também consultor do departamento de crimes especiais de Chicago,aqueles que não parecem ter uma causa natural e que a maioria das pessoas tendem a achar obra de malucos. É ao tentar desvendar uma série de crimes bizarros que a acção se vai desenvolver, e a um bom ritmo.
Gostei bastante do livro, Harry Dresden é um tipo com pinta sem ser fanfarrão, parece uma pessoa perfeitamente normal mas com poderes especiais. As cerca de 350 páginas passaram a correr e mantiveram sempre o interesse. Sem ser uma obra prima da literatura, é um livro que se lê bem e nos deixa bem dispostos. Tendo sido publicado 9 anos antes de Sandman Slim, percebe-se que serviu também como fonte de inspiração, principalmente nalguns cenários.
Aconselho a todos os que gostam de fantasia,mais concretamente fantasia urbana, e que gostam dum livro rápido e bem disposto. Certamente que será uma série a continuar.
Até lá, Boas Leituras!

Ever since I finished Richard Kadrey’s Sandman Slim series that I have been missing a nice and fast urban fantasy, packed with action, monsters and cityscapes. As far as fantasy is concerned, this is probably my favourite variation of the genre, and I clearly like it more than those epic books, with complex plots and magic systems, and the creatures we already know so well, like elves and orcs, which are deemed the standard in this genre. I have searched a lot for a worthy successor and was unable to find one.

Until I came across the Dresden Files, by Jim Butcher, that precede Sandman Slim. In them we follow the adventures of Harry Dresden, the only wizard in Chicago (and probably the world) with an add on the yellow pages. If you ever watched Hill Street Blues, or NYPD Blue (they are oldies, I know) you can already have a feel of this series ambience. Part detective story, part police work, part monsters and magic, set in the 90’s (the book is from 2000). Harry Dresden runs an office as a wizard PI that does not see much action. He also works as a consultant for the Chicago PD, helping them investigate weird cases that do not seem natural. It is in this category that he comes across a series of gruesome crimes and all the action enfolds.

I really liked the book. It was a page turner and Harry Dresden is a cool guy, seems a normal human being with extra powers. It is an entertaining book, which makes us feel good after reading it. It was published 9 years before the first Sandman Slim, and we can see that in some ways it served as inspiration, especially in a few scenarios, like the bar.

I recommend it to all fantasy fans, and everyone that loves a fast-paced book with an interesting story. I definitely want to keep up reading the series.

Until then, Happy Reading!

Acabei de Ler – Book Lovers

book lovers

Keep scrolling if you prefer to read in English.

Desde que entrei neste frenesim de ler romances que tenho descoberto muita coisa. Essencialmente coisas nada de especial, mas uma mão cheia de autoras que sabem fazer isto bem. Emily Henry é uma delas, e assim que o livro dela apareceu no Netgalley eu saltei para a oportunidade, não esperando ter sorte.

Mas tive, e assim tive a oportunidade de ler este livro, tão acabadinho de sair do forno que ainda vinha quente. É a história de Nora, uma agente literária que vive em Nova Iorque e é viciada na cidade e em trabalho. E de Charlie, um editor com quem ela percebeu que nunca iria conseguir trabalhar. Preciso dizer mais? Claro que não, tudo está claro como água.
No entanto, e apesar de sabermos exactamente o que vai acontecer, o livro mantêm-nos sempre interessados e é um verdadeiro page turner. Emily Henry não cai em (todos) os clichés do género. A protagonista não é descrita 30 vezes como a bela do baile, pequena  e indefesa, e do mesmo modo não temos descrições pormenorizadas dos abdominais do rapaz. Mesmo assim a expectativa criada é boa, e passamos o tempo agarrados às páginas à espera do que vem a seguir.
As personagens de apoio também são interessantes e bem conseguidas, há mais a acontecer para lá da história de amor, e tudo parece um mundo plausivel e não só um conto de fadas.
No final, dei o meu tempo por bem empregue, e continuarei alegremente a ler o que esta senhora escrever, porque até agora não desiludiu. Se gostam do género, avancem sem medos, que não se vão arrepender. Por agora ainda só em inglês, mas pode ser que não demore a chegar cá.
Boas Leituras!
Since I started reading a lot of romance novels, I have discovered a new world. For the most part, not a really special one, but I found a handful of new authors that now how to pull this genre off. Emily Henry is one of the best, so as soon as I found her new book on Netgalley, I jumped at the opportunity.

And that is how I came across this book, hot from the press. This is the story of Nora, a literary agent that lives and breathes New York. She as much a city girl as it gets, and a certified workaholic. It is also the Charlie’s story, an editor with whom Nora is uncapable of working. Need I say more, or have you figured out how this plot will work already?

However, even though we can see from the beginning how the book will end, the story is good and keeps us interested all along. Emily Henry knows which clichés to fall into, and which ones to avoid, and this makes this book a real page turner. Nora is not depicted as the small, fragile woman that needs to be rescued, and we also don’t get 30 different depictions of Charlie’s abs, and that is a good thing. We are sucked in this story and want to find out where it will take us.

The side characters are also good and well developed, and not just there as sidekicks. There is a lot going on alongside the romance, and we want to see it unfold. This feels like a plausible world, with real people, and not a fairy tale.

All in all, it was time well spent, and I will gladly continue to check up all the books this author will write in the future. If you like romance novels, take a chance on Emily Henry, and you will not regret it.

Happy Reading!