Finalistas do Women’s Prize for Fiction 2024

WPFF - shorlist 2024

Foi anunciada no passado dia 24 de Abril a lista de finalistas ao Women’s Prize for Fiction 2024. Este ano são tantos e tão bons prémios que já começo a ter dificuldade em seguir e escolher que livros ler de cada uma das listas. Talvez por isso ainda não li nenhum dos nomeados a prémio nenhum, coisa que tenciono corrigir em breve.

Aqui vão as seis finalistas, com algumas considerações e expectativas minhas.

The Wren, The Wren de Anne Enright – um livro de prosa sobre um poeta irlandês e o impacto das suas acções em três gerações de mulheres, a sua mulher, as suas filhas e a sua neta. Uma espécie de prosa poética sobre abandono, identidade, herança cultural e emocional. Esta autora já ganhou um Booker Prize com um dos seus livros anteriores, por isso este promete. 3.58 no Goodreads e 283 páginas.

Brotherless Night de V.V. Ganeshananthan – Mais uma ficção histórica, mas esta passada em 1981 no Sri Lanka, o que me parece muito interessante. A luta duma jovem de 16 anos para cumprir o seu sonho de se tornar médica, num país que está a ser devastado por uma guerra civil, na qual todos os seus irmãos estão envolvidos. As dificuldades que encontra, e as atrocidades que testemunha, vão mudá-la para sempre. Com 4.44 no Goodreads, e 348 páginas é um bom candidato às minhas listas de leitura.

Restless Dolly Maunder de Kate Grenville – a história duma mulher de Nova Gales do Sul no final do século XIX, que não se conforma com os limites impostos às escolhas das mulheres, e que vai lutar para viver a sua vida exactamente como a quer viver. Baseado na vida da avó desta autora australiana, tem 4.02 no Goodreads, 256 páginas e algum potencial. No entanto, por algum motivo embirro com este título e não está na minha lista de prioridades.

Enter Ghost de Isabella Hammad – Este livro tem 336 páginas, 4.07 no Goodreads e é sobre uma actriz que regressa à Palestina e acaba por ser envolvida numa produção de Hamlet. Mas, independentemente de tudo isto, a personagem principal chama-se Sonia e só isso já faz valer a pena ler este livro. Tenho também visto algumas boas críticas por aí, parece-me um excelente candidato.

Soldier Sailor de Claire Kilroy – mais um livro que retrata a experiência da maternidade, parece haver bastantes neste tema ultimamente. Claire Kilroy é uma escritora irlandesa, e a linguagem parece bastante poética. 4.17 no Goodreads e 240 páginas.

River East, River West de Aube Rey Lescure – mais um livro de estreia nesta lista, desta vez sobre a realidade chinesa moderna. Uma história de crescimento e drama familiar, e sobre imigração no sentido contrário. 4.11 no Goodreads e 352 páginas, não estou muito inclinada para o ler ainda.

E vocês, já leram algum destes? Digam de vossa justiça.

Boas Leituras!

Nomeadas Para o Women’s Prize For Fiction 2024

Anne Enright and Isabella Hammad make the Women's prize for ...

Ainda há tão pouco tempo vos vim mostrar as nomeadas do Women’s Prize for Non-Fiction, e já vos venho mostrar as nomeadas para o Women’s Prize for Fiction. Isto são só novidades, e livros a acrescentar à eternamente crescente “lista de livros para ler” porque ainda por cima estes jurados fazem listas muito grandes. Mas claramente compensa, tendo em conta que o ano passado acabei por ler o brilhantíssimo Pod, e o também muito bom “I’m a Fan”. Como sempre, dei uma olhada às sinopses de todos os livros, e venho aqui partilhar as minhas impressões.

Hangman de Maya Binyam – Livro de estreia desta autora, retrata o regresso dum homem afro-americano ao seu país natal, depois de ter vivido 26 anos nos Estados Unidos. As dificuldades que vai encontrar na busca do seu irmão de sangue, e a jornada que vai encetar para se reencontrar consigo próprio. Promissor, tem 3.85 no Goodreads.

In Defence of the Act de Effie Black – Mais uma livro de estreia, desta vez duma autora inglesa com formação em ciências. O acto que se fala neste título é o acto de cometer suicídio, e o modo como a protagonista o defende, até algumas circunstâncias diferentes se passarem na sua vida. O que mais me intriga neste livro, é como é que se vai falar dele nas redes sociais livrólicas, já que suicídio é uma das palavras com que o puritanismo/higienismo destas redes implica, prejudicando o algoritmo de quem a utiliza, e consequentemente a sua possibilidade de monetizar os posts (a quantidade de gente a usar a palavra unalive é assustadora e enervante). Só por isso, já é um livro que intriga. Tem 4.44 no Goodreads, o que é muito promissor.

And Then She Fell de Alicia Elliott – uma espécie de thriller de terror sobre uma mulher nativa americana que acabou de dar à luz, e que vive num bairro fino de Toronto. Após a morte da sua própria mãe começa a entrar numa espiral de desespero, que não é ajudada pelo comportamento estranho dos seus vizinhos. Por ser um livro  de horror, à partida não me cativaria muito, mas na realidade até tenho lido bastantes do género ultimamente. Por isso até pode ser que venha a ler este. Com 3.98 no Goodreads, tudo é possível.

The Wren, The Wren de Anne Enright – um livro de prosa sobre um poeta irlandês e o impacto das suas acções em três gerações de mulheres, a sua mulher, as suas filhas e a sua neta. Uma espécie de prosa poética sobre abandono, identidade, herança cultural e emocional. Esta autora já ganhou um Booker Prize com um dos seus livros anteriores, por isso este promete. 3.62 no Goodreads.

The Maiden de Kate Foster – uma ficção histórica baseada em factos verídicos que se passaram na Escócia em 1679, mas agora com um twist feminista, para dar voz às mulheres que foram ignoradas pela História. Mesmo o tipo de coisa que não me puxa nada, não sou muito fã de ficção histórica, mas tem 4.16 no Goodreads. Se alguém ler e gostar que me avise.

Brotherless Night de V.V. Ganeshananthan – Mais uma ficção histórica, mas esta passada em 1981 no Sri Lanka, o que é muito mais o meu estilo. A luta duma jovem de 16 anos para cumprir o seu sonho de se tornar médica, num país que está a ser devastado por uma guerra civil, na qual todos os seus irmãos estão envolvidos. As dificuldades que encontra, e as atrocidades que testemunha, vão mudá-la para sempre. 4.45 no Goodreads, um bom candidato às minhas listas de leitura.

Restless Dolly Maunder de Kate Grenville – a história duma mulher de Nova Gales do Sul no final do século XIX, que não se conforma com os limites impostos às escolhas das mulheres, e que vai lutar para viver a sua vida exactamente como a quer viver. Baseado na vida da avó desta autora australiana, tem 4.18 no Goodreads, e algum potencial.

Enter Ghost de Isabella Hammad – Este livro tem 4.09 Goodreads e é sobre uma actriz que regressa à Palestina e acaba por ser envolvida numa produção de Hamlet. mas, independentemente de tudo isto, a personagem principal chama-se Sonia e só isso já faz valer a pena ler este livro.

Soldier Sailor de Claire Kilroy – mais um livro que retrata a experiência da maternidade, parece haver bastantes neste tema ultimamente. Claire Kilroy é uma escritora irlandesa, e a linguagem parece bastante poética. 4.17 no Goodreads.

8 Lives of a Century-Old Trickster de Mirinae Lee – mais um livro de estreia, desta vez sobre a experiência coreana de viver na fronteira entre as duas Coreias. A personagem principal é inspirada na tia-avó da autora, que escapou da Coreia do Norte, e nos sacrifícios que isso implicou. Pareceu-me bastante interessante, tem 4.0 no Goodreads.

The Blue, Beautiful World de Karen Lord – um livro de ficção cientifica que tem opiniões divididas, mas que na generalidade tem uma recepção morna. Pessoalmente não me pareceu muito apelativo. Tem 3.29 no Goodreads.

Western Lane de Chetna Maroo – Primeiro livro desta autora que nos conta a história duma menina de 11 anos que se dedica ao squash após a morte da mãe, de forma a sentir-se mais perto do seu pai. Já foi finalista do Booker Prize o ano passado. 3.55 no Goodreads, não me despertou muito a atenção.

Nightbloom de Peace Adzo Medie – uma história sobre o poder da amizade feminina, neste caso entre duas jovens primas no Gana, e como a sua amizade evolui ao longo das suas vidas. Tem potencial para ser engraçado, 3.99 no Goodreads.

Ordinary Human Failings de Megan Nolan – a história de um jornalista pedante que descobre uma história sobre uns pais de alta sociedade que perderam um filme, e suspeita-se que os culpados sejam uma família de imigrantes irlandeses. Parece-me uma temática actual, e tem muito potencial. 3.85 no Goodreads.

River East, River West de Aube Rey Lescure – mais um livro de estreia nesta lista, desta vez sobre a realidade chinesa moderna. Uma história de crescimento e drama familiar, e sobre imigração no sentido contrário. 4.11 no Goodreads.

A Trace of Sun by Pam Williams – uma mãe deixa o filho para trás em Ceuta, para seguir o seu marido em busca de uma vida melhor em Inglaterra. Sete anos depois reunem-se, mas já são como estranhos um para o outro. Parece-me um tema que tenho dificuldade em ler, se lerem digam o que acharam. 4.50 no Goodreads é um bom prenuncio.

Temos aqui uma selecção muito rica de livros, que abrangem muitos géneros diferentes, e muitas nacionalidades e experiências variadas. É uma lista com potencial, e provavelmente com boas surpresas. Planeiam ler algum? Venham cá contar a vossa experiência, que eu partilharei a minha também.

Boas Leituras!

Acabei de Ler – I’m a Fan

I'm a fan

Keep scrolling if you prefer to read in English.

Depois de terminar Pod, que foi o último livro de que falei aqui, decidi manter-me neste caminho de nomeados para prémios, e passei imediatamente para I’m a Fan. Não foi por acaso, foi porque o Jack Edwards gostou muito, e já percebi que temos gostos literários parecidos, por isso resolvi arriscar.

Ao contrário de Pod, este livro não tem uma história profusa e excitante. Pode dizer-se mesmo que não tem grande história, mas mesmo assim gostei imenso. A nossa personagem principal é uma mulher não branca, filha de pais que imigraram para o Reino Unido. Isso dá-lhe uma identidade única, mas ao mesmo tempo um certo desenraizamento, como se não pertencesse realmente a nenhum lugar. Tem um namorado, mas envolve-se com um homem relativamente conhecido, que é casado e tem outras mulheres para além dela.
É através deste (não)relacionamento que vamos meditando sobre o papel das redes sociais na nossa vida actual, das pessoas que se expõem em troca de admiração (e retorno financeiro), versus as pessoas que as seguem e acreditam que aquela é a vida a que deviam aspirar. Foi um livro muito interessante, cheio de reflexões importantes sobre o nosso papel na sociedade, e sobre o que estamos dispostos a fazer em nome daquilo que achamos que é amor.
Recomendo a todos os que gostam de livros diferentes, histórias que nos fazem pensar e reflexões sobre a actualidade.
Boas Leituras!
After finishing the last book I spoke about in the blog, Pod, I decided to keep reading books nominated for awards, and that led me to this I’m a Fan. Also because I heard Jack Edwards gushing about it on his YouTube channel, and he has a similar taste to mine, so it seemed a safe bet.
Unlike Pod, this book does not have a vibrant plot, with a fast paced story. It does not have much of a story at all, but I really enjoyed it. The main character is a coloured woman living in the UK, daughter of immigrants. This gives her an unique identity, but at the same time a sense of disconnect, as if she does not really belong anywhere. She has a boyfriend, but she gets in a relationship with a fairly famous man, with whom she is obsessed. He is married and has other women.
As her thoughts appear on paper and this relationship unfolds we are given many opportunities to reflect on our society, especially about the role of social media, and these people that expose themselves to get personal and finantial validation. Their lives in contrast with the lives of the people that follow them, and engage with them, and believe they have the lives we should all aim for. And the limits to the things we do for what we believe to be love.
I really, really liked it and recommend it to everyone that likes different books, with stories that make us think about our lives and our society.
Happy Reading!

Acabei de Ler – Pod

Pod

Keep scrolling if you prefer to read in English.

As coisas das leituras são engraçadas. Quando vi os nomeados, e posteriormente os finalistas do Women’s Prize for Fiction, Pod foi um dos que menos me chamou a atenção. Parecia-me demasiado estranho para me entusiasmar. Mas depois vi um vídeo da Leena Norms sobre ele e resolvi dar-lhe o benefício da dúvida.

E devo dizer que foi dos melhores livros do ano, quiçá dos últimos anos. Muito actual e relevante, com uma mensagem conservacionista muito forte, tudo acompanhado duma escrita fluida e uma história que nos prende da primeira à última palavra. Terminei-o no dia em que foi anunciada a vencedora, e estava muito a torcer por este livro. Infelizmente não ganhou, mas continuará a ser o meu favorito.

A história centra-se em Ea, uma fêmea duma espécie especial de golfinhos conhecidos pelas espirais que fazem no ar ao saltar, golfinhos-rotadores. Ea nasceu com uma deficiência auditiva e não ouve o mar como o resto do seu grupo. Essa dificuldade faz com que também não consiga girar, e acaba por nunca se integrar bem no seu grupo, apesar dos esforços da mãe. Após um desenlace trágico, Ea acaba por abandonar a segurança do grupo e aventurar-se no mar aberto, recheado de mistérios e perigos. A estes golfinhos juntam-se muitas outras espécies, de cetáceos a peixes de coral, a ameijoas gigantes.

Mas apesar de ser uma história com golfinhos e vida marinha, não é sobre golfinhos. É sobre relações familiares, sociais, dinâmicas de grupo, capacidade de adaptação e resiliência. É sobre descriminação, conservacionismo, feminismo. Se conseguirmos ver para lá dos animais, vemos uma história riquissima sobre o ser humano. É sobretudo uma história acerca de nós e do nosso impacto naquilo que nos rodeia. Como, apesar de sabermos que sem a natureza não conseguimos sobreviver, nem isso nos impede de a destruirmos e utilizarmos metodicamente e sem escrúpulos. Todos, eu incluída, o fazemos, nem que seja por inacção e incapacidade de mudarmos hábitos que belisquem o nosso conforto. Sacrificamos a sobrevivência enquanto espécie (incluindo os nossos descendentes) pela gratificação instantânea do imediato.

Deu muito que pensar e aconselho muito!

Boas Leituras!

Goodreads Review

Reading is a funny thing. When I saw the longlist for the Women’s Prize for Fiction, Pod was one of the books that I found less interesting. It sounded too weird to get my attention. But I saw a video from Leena Norms praising it and decided to give it a go.

And I have to say, it was one of the best books of the year, maybe the past few years. It is very topical and relevant, with a strong conservationist message, wrapped up in a fluid writing and a compelling story, that grips us from the very first page. I finished Pod on the day the winner of the WPF was announced, and I was really rooting for it. Sadly, it did not win, but I believe it will always be my favourite.

This is a story about Ea, a female spinner dolphin, a species that is known for the spinning leaps they do while swimming. She has impaired hearing and cannot listen to the ocean song, as the rest of her pod can. This makes her unable to spin as well, and that means she does not really blends well with her group, despite her mother’s efforts to include her. When tragedy strikes, Ea leaves the safety of the pod and ventures in the open sea, where several dangers lurk. Apart from the spinner dolphins we also follow several other species, from cetaceans to coral reef fishes and giant clams.

But even though it is a story with wildlife, it is not a story about animals. It is a story about family and social relations, group dynamics, endurance, resilience and ability to change. It is about environmentalism, descrimination, feminism. If we can see past the animals, we can see a very rich story about the human beings. It is a story about us and our impact in the things that surround us. Despite knowing we cannot survive without nature, we also cannot stop using and destroying it methodical and systematically. We all do it, me included, even if only by not acting, or changing some habits. We are unable to sacrifice an inch of our own comfort to save the planet and our future (including our children’s future). We always choose instant gratification.

It gave me a lot to think about, and I really recommend this book.

Happy Reading!

Vencedora do Women’s Prize for Fiction 2023

Light Bulbs Concept

Foi anunciado no passado dia 14 de Junho a vencedora do Women’s Prize for Fiction 2023. O prémio foi para Barbara Kingsolver com Demon Copperhead, que já tinha ganho o Pulitzer deste ano. Não foi surpresa, porque tenho lido imensa coisa boa sobre este livro, que é uma recriação de David Copperfield de Charles Dickens.

O facto de ser o segundo prémio que ganha faz-me pensar que deve valer a pena o investimento de ler este livro. Por outro lado não consigo deixar de me recordar do livro do Scott McClanahan que li em 2021 e achar que tem potencial para ser um retrato mais realista da zona das montanhas Appalachian, especialmente considerando que ele não só cresceu lá, como ainda lá vive, e o seu livro respirava autenticidade.

Se já leram, digam-me o que acharam, e se vale a pena embarcar numa aventura de 542 páginas.

Boas Leituras!

Finalistas do Women’s Prize for Fiction 2023

WPF 2023

Foram anunciadas na passada terça-feira dia 25 de Abril as finalistas do Women’s Prize for Fiction 2023, com algumas surpresas. A maior de todas foi o livro Pod, de Laline Paull, que tem dividido opiniões. Parece ser daqueles que se ama ou se odeia, e é escrito na perspectiva de vários animais marinhos. A cada opinião que vejo, mais interesse tenho em lê-lo.

Ainda não li nenhum destes, mas tenho alguns debaixo de olho. Quero ler o Pod, porque gosto de livros que causam opiniões divergentes, mas também o Trespasses, o Black Butterflies e talvez o Fire Rush. Estes três últimos são romances de estreia das suas autoras, o que também foi uma escolha interessante do júri. Gostava também de ler o Bandit Queens, que não chegou a esta lista, mas que tem tido opiniões muito boas. Curiosamente, os que me despertam menos interesse são os dois de autoras previamente laureadas com este prémio, Maggie O’Farrel e Barbara Kingsolver, talvez porque são os dois maiores livros desta lista, e eu não ando virada a calhamaços.

Espero conseguir ler realmente alguns destes livros, porque ultimamente tenho andado sem vontade de ler livros que exijam investimento cognitivo. Estou a precisar de férias, claramente.

Já leram algum? Contem-me das vossas preferências. Abaixo deixo o resumo de cada finalista, de acordo com as minhas impressões iniciais.

Rumo ao próximo. Até lá, Boas Leituras!

Fire Rush by Jacqueline Crooks – livro passado em Londres, nos anos 80, é a história duma imigrante Jamaicana e a sua jornada de autodescoberta, no meio do caos sociopolítico que a envolve. Pareceu-me interessante e as críticas não são más.

Trespasses by Louise Kennedy – muito bom rating no Goodreads, 4.10, é um livro passado no passado conturbado da Irlanda do Norte e conta-nos a história de um amor impossível no meio do caos. Pareceu-me bastante interessante, fiquei com vontade de o ler. As opiniões que tenho visto têm sido muito favoráveis.

Demon Copperhead by Barbara Kingsolver – a história dum rapaz dum meio rural americano, largamente inspirado em David Copperfield, de Charles Dickens. A autora é muito conhecida, o livro tem 4.55 no Goodreads, mas sinceramente não é apelativo para mim.

Black Butterflies by Priscilla Morris – mais uma ficção histórica baseada em eventos reais, este livro é passado em 1992 em Sarajevo, e tem como pano de fundo a guerra que assolou a região. Parece-me interessante, e tem igualmente bom rating. A ver.

The Marriage Portrait by Maggie O’Farrell – se pensaram que este é mais um livro de ficção histórica, acertaram plenamente. Esta autora já tinha escrito o muito aclamado Hamnet, e voltou com um retrato da renascença italiana. Deve ser bom, mas não é muito a minha praia. Um grande candidato a vencer.

Pod by Laline Paull – este livro passa-se no oceano e é contado no ponto de vista de um golfinho fêmea, Ea. tem potencial para ser muito bom, ou muito mau. Com 272 páginas ao menos não é muito longo.

Nomeadas do Women’s Prize for Fiction 2023

WPF 2023

Foi anunciada na passada terça-feira dia 7 de Março a lista de nomeadas para o prémio Women’s Prize For Fiction. Comtemplando histórias escritas em inglês nos 12 meses anteriores, a missão deste prémio é dar visibilidade e voz às histórias escritas por mulheres.

Deixo abaixo a lista das nomeadas deste ano, como sempre com as minhas primeiras impressões sobre a descrição do livro. Este ano ainda não li nenhum, mas já conheço alguns doutros “carnavais”. A Bertrand fez um trabalho muito pertinente, e pôs já a lista completa à venda aqui. Podemos perceber que nenhum foi ainda traduzido, mas depois deste anuncio isso pode mudar.

Glory by NoViolet Bulawayo – este livro chegou aos finalistas do Booker Prize 2022, e já na altura me pareceu chocho. As críticas das pessoas que sigo também não têm sido fabulosas. A temática é do género do Animal Farm, em que animais representam tipos humanos numa caracterização do Zimbabwe. Não me parece livro para mim

Homesick by Jennifer Croft – 3.96 no Goodreads, mostra mais promessa que o anterior. É a história de duas irmãs que fazem a escolaridade em casa no Oklahoma, e a sua entrada na idade adulta. Parece engraçado, mas apenas isso.

Fire Rush by Jacqueline Crooks – livro passado em Londres, nos anos 80, é a história duma imigrante Jamaicana e a sua jornada de autodescoberta, no meio do caos sociopolítico que a envolve. Pareceu-me interessante e as críticas não são más.

Children Of Paradise by Camilla Grudova – Este Paradise é um antigo cinema, onde a protagonista da nossa história arranja emprego e descobre mais do que desejaria. É o primeiro romance da autora, e é de horror, coisa que ultimamente tenho andado a ler mais, por isso é um sério candidato à minha TBR.

Stone Blind by Natalie Haynes – está muito na moda esta coisa de recontar os mitos gregos, e confesso que não é bem para mim. Este é uma reinvenção da história da Medusa. Gostei muito dos dois livros de Madeline Miller que li, mas porque foram muito bem escritos. Nâo é avenida que me apeteça percorrer mais.

Trespasses by Louise Kennedy – muito bom rating no Goodreads, 4.10, é um livro passado no passado conturbado da Irlanda do Norte e conta-nos a história de um amor impossível no meio do caos. Pareceu-me bastante interessante, fiquei com vontade de o ler.

Demon Copperhead by Barbara Kingsolver – a história dum rapaz dum meio rural americano, largamente inspirado em David Copperfield, de Charles Dickens. A autora é muito conhecida, o livro tem 4.55 no Goodreads, mas sinceramente não é apelativo para mim.

Cursed Bread by Sophie Mackintosh – uma ficção histórica baseada em factos reais, que relata o envenenamento em massa duma aldeia francesa em 1951. Parece polarizar as opiniões, mas a premissa parece-me interessante.

The Dog Of The North by Elizabeth McKenzie – um livro humorístico que relata a jornada de auto conhecimento de uma mulher após o seu divórcio. Tem 4.04 no Goodreads, o que é muito bom, e pareceu-me uma boa aposta. Não creio que será o livro vencedor, mas das sinopses que li até agora este é o que está à frente na minha TBR.

Black Butterflies by Priscilla Morris – mais uma ficção histórica baseada em eventos reais, este livro é passado em 1992 em Sarajevo, e tem como pano de fundo a guerra que assolou a região. Parece-me interessante, e tem igualmente bom rating. A ver.

The Marriage Portrait by Maggie O’Farrell – se pensaram que este é mais um livro de ficção histórica, acertaram plenamente. Esta autora já tinha escrito o muito aclamado Hamnet, e voltou com um retrato da renascença italiana. Deve ser bom, mas não é muito a minha praia. Um grande candidato a vencer.

I’m A Fan by Sheena Patel – um livro que fala duma mulher não branca, imigrante de segunda geração, em Londres. Um retrato intimista que me pareceu muito interessante.

Pod by Laline Paull – este livro passa-se no oceano e é contado no ponto de vista de um golfinho fêmea, Ea. tem potencial para ser muito bom, ou muito mau. Com 272 páginas ao menos não é muito longo.

Wandering Souls by Cecile Pin – livro de estreia desta autora, que narra a jornada de três irmão vietnamitas que perdem toda a família e vêm para o UK como refugiados. Uma excelente premissa.

The Bandit Queens by Parini Shroff – passado na Índia dos dias de hoje, conta a história de Geeta, que perdeu o marido, mas que todos acreditam que ela o matou. Isso traz alguns benefícios inesperados, e inspira toda uma aldeia. Parece muito engraçado, fiquei curiosa.

Memphis by Tara M. Stringfellow – a história de várias gerações duma família negra no sul dos Estados Unidos. Tem bom rating, potencial para ser bom, mas de algum modo parece-me uma história muito contada, e não será dos que me apetece pegar primeiro.

Em resumo, este ano não há nenhum livro que me pareça deslumbrante, ou que me deixe com a sensação que tenho mesmo que o ler já a seguir. Devo notar que dos 16 títulos, 9 estiveram disponíveis no Netgalley, e eu não pedi nenhum. O que só mostra que eu realmente não percebo nada disto. Em Abril trarei notícias de qual foram as escolhidas para finalistas, e se me aventurei a ler algum. Se alguém já leu, ou planeia ler, por favor partilhe comigo!

Até lá, Boas Leituras!

Vencedora do Women’s Prize For Fiction 2022

ruth ozeki

Foi anunciada na passada quarta-feira dia 15 a vencedora do Women’s Prize for Fiction deste ano, Ruth Ozeki, com The Book of Form and Emptiness.

Ainda não li este livro, mas gostei muito do seu outro livro, A Tale for the Time Being, por isso tenho grandes expectativas em relação a este. As suas 480 páginas podem fazer com que demore um bocadinho a apetecer-me pegar nele, porque ando virada a leituras mais curtas ou menos complexas, mas está certamente no meu radar para 2022.

Começo a achar que estes são mesmo uns prémios a seguir, porque é o segundo ano seguido em que a vencedora foi mesmo a meu gosto.

Já leram este livro ou alguma das nomeadas?

Boas Leituras!

Finalistas do Women’s Prize for Fiction 2022

Womens prize for fiction 2022

Já saiu a lista das finalistas do Women’s Prize for Fiction 2022, duma lista de 16 nomeadas da qual dei conta aqui. As finalistas são apenas 6 e eu continuo sem ter lido ainda nenhuma, mas já acrescentei 4 à minha lista de espera, principalmente após ter ouvido boas críticas em youtubes literários que sigo.

Build Your House Around My Body by Violet Kupersmith – Já está no meu Kindle, apesar de não saber muito sobre ele. Mas o título impressionou-me o suficiente para considerar lê-lo.
Great Circle by Maggie Shipstead – Um gigante de 608 páginas que me pareceu interessante o suficiente para lhe pegar. Confesso que quando o abro e o Kindle me mostra as horas que eu demoraria a lê-lo, tenho fechado e escolhido coisas mais pequenas. Não estou preparada para um comprometimento tão grande com um livro que tenho mesmo que prestar atenção neste momento.
Sorrow and Bliss by Meg Mason – Não me chamou a atenção, apesar de ter uma classificação altíssima no Goodreads. Não me parece que seja para o meu eu actual, no futuro logo se vê.
The Book of Form and Emptiness by Ruth Ozeki – É Ruth Ozeki e só isso já fez com que fosse o primeiro da lista. Tenho-o, mas ainda não tive o espírito certo para lhe pegar. Com um cachopo de 3 anos que alterna entre estados de doença e hiperactividade é difícil ter a atenção que este livro merece, disponível para ser dada.
The Bread the Devil Knead by Lisa Allen-Agostini – o título que me faz lembrar tanto a minha mãe e as suas expressões. Uma personagem principal com 40 anos. Boas críticas em todo o lado. Menos de 300 páginas. Tanta coisa que me faz querer pegar neste livro.
The Island of Missing Trees by Elif Shafak – Ora este tenho no meu Kindle há meses, vindo direitinho do Netgalley. Já devia ter lido e feito review, mas ainda não consegui ter cabeça para isso. Mas está definitivamente na minha lista de livros para 2022, que, como sempre, posso seguir ou não.

Fiquem por aqui para saber se alguns destes aparecem no futuro próximo, idealmente antes de ser nomeada a vencedora. Se já leram algum, partilhem a vossa opinião.

Até lá, Boas Leituras!

Nomeadas do Women’s Prize For Fiction 2022

WPF 2022

Muito apropriadamente, foi divulgada no dia 8 de Março a lista das nomeadas deste ano para o Women’s Prize for Fiction.
Ao contrário do ano passado, desta vez ainda não li nenhum e devo confessar que a grande maioria não fazia sequer parte do meu radar. Excepção feita ao livro de Ruth Ozeki, de quem já li um livro muito interessante e que já recomendei aqui, e o Island of Missing Trees da Elif Shafak, que tenho há séculos no meu Kindle, via Netgalley, mas que ainda não me apeteceu ler. Pode ser que seja desta.

Alguém conhece, ou já leu algum destes livros? Digam-me nos comentários se valem mesmo a pena.

Build Your House Around My Body by Violet Kupersmith
Careless by Kirsty Capes
Creatures of Passage by Morowa Yejidé
Flamingo by Rachel Elliott
Great Circle by Maggie Shipstead
Remote Sympathy by Catherine Chidgey
Salt Lick by Lulu Allison
Sorrow and Bliss by Meg Mason
The Book of Form and Emptiness by Ruth Ozeki
The Bread the Devil Knead by Lisa Allen-Agostini
The Exhibitionist by Charlotte Mendelson
The Final Revival of Opal & Nev by Dawnie Walton
The Island of Missing Trees by Elif Shafak
The Paper Palace by Miranda Cowley Heller
The Sentence by Louise Erdrich
This One Sky Day by Leone Ross

Até lá, boas leituras!