12 Anos de Kindle

Kindle

O Facebook teve a amabilidade de me lembrar que fez este mês 12 anos que eu recebi um Kindle como presente de aniversário do meu mais que tudo. E isso revolucionou completamente o modo como eu leio, e os livros a que eu tenho acesso. Nestes 12 anos que passaram, ainda vou só no segundo Kindle, um Paperwhite, com o qual estou muito contente. É um bicho que dura muito, a bateria dura há vontade duas semanas, mesmo com uso intensivo (durava mais no inicio, mas este já tem 7 anos de uso), por isso continuo contente, e sem interesse em trocar por outro.

Mas há muitas opiniões por aí acerca destes leitores de livros digitais. Há quem não queira perder a sensação do toque das páginas, o cheiro do papel dum livro novo acabado de comprar, e outras experiências sensoriais semelhantes. Eu, como insensível que sou, não ligo nenhuma a isso. Quiçá, o facto de termos uma perceção mais realista de quanto falta para acabar o livro seja coisa para me convencer. Ou o facto de efetivamente ser mais fácil voltar umas páginas atrás para ver uma frase que nos escapou. Mas a grande perda do Kindle, para mim, está naqueles livros de fantasia que têm um mapa no início. Não só é uma chatice estar sempre a voltar ao início quando queremos consultar, como nem vale muito a pena, porque nem com óculos se vêem bem. Já me resignei a ignorar os mapas destes livros.

Há também teorias que dizem que retemos melhor livros que lemos em papel, e acredito que seja verdade. Até porque a velocidade com que leio no Kindle é consideravelmente maior. Mas as inúmeras vantagens conseguem superar estes inconvenientes. Começa logo pelo tamanho da letra, que no meu Kindle está no segundo maior, e as pessoas da última fila do meu autocarro matinal conseguem ler o livro tão bem como eu, tal é o tamanho daquilo. Mas considerando o mal que ando a ver, ajuda imenso. E depois, a acessibilidade de livros é imensa, e basta um click para ter um livro novo. Infelizmente, não tanto nas editoras portuguesas, que ainda têm a mania de não disponibilizar muito para Kindle com medo de pirataria, mas na minha opinião de leiga, acabam por perder o comboio se não se adaptarem. Neste ponto creio que um Kobo é melhor, porque se tem acesso à loja Kobo que tem os títulos portugueses disponíveis. Mas, como eu leio preferencialmente em inglês, esse problema não se põe.

O fim-de-semana passado fomos dar uma volta em família, que envolveu estadia. E foi a primeira vez, nestes 12 anos de Kindle, que eu passei uma noite fora sem o levar. Senti que me tinha esquecido de alguma coisa, mas na realidade acabei por me adaptar. Muito graças ao facto de ter descoberto um audiolivro que finalmente me prendeu a atenção. Por isso, não levar o Kindle não foi sinónimo de não ler. Quem sabe não foi o começo de uma nova era? Bem que me fazia bem poupar um bocadinho os olhos.

Falarei em breve deste audiolivro que ando a ler, assim que o acabar provavelmente. E dos outros livros que continuarei a ler, quer em digital quer em papel, que eu não sou esquisita e acredito que tudo é ler.

Até lá, Boas Leituras!

1 thoughts on “12 Anos de Kindle

  1. Os primeiros audiolivros que ouvi não me prenderam muito, mas quando encontrei narradores bons virou uma experiência completamente diferente. Agora eles me fazem companhia enquanto lavo louça, em caminhadas, e viagens de transporte público onde não consigo ir sentada e preciso das mãos para me segurar. Recentemente comecei a notar narradores favoritos, e logo logo não é improvável eu começar a conhecer livros novos baseada em “nunca ouvi falar, mas gosto do narrador” rsrsrs

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