Não consigo enumerar as vezes que li este livro, mas foram largas dezenas. Este não foi o primeiro livro do Asterix que li. Essa honra cabe a Astérix e Cleópatra, depois duma amiga dos meus pais me ter levado a ver o filme de animação, mas desde aí nunca mais parei.
Todos os anos, na nossa visita anual à Feira do Livro, eu comprava pelo menos mais um volume da colecção. E sempre que isso acontecia eu voltava religiosamente a ler todos os outros. Tinha alguns preferidos (ainda hoje me lembro do Astérix entre os Helvéticos, ou entre os Bretões). Na realidade, se pensar bem, os meus favoritos eram todos aqueles em que Astérix e Obélix viajavam para terras distantes para ajudar algum amigo em apuros. Isso fez-me aprender imenso sobre outros países e a sua história, tudo em suave brincadeira.
Estes livros são mágicos, divertidos e podemos aprender alguma coisa com eles. Claro que estes dois amigos improváveis resolvem quase tudo à pancada, e neste mundo em que vivemos hoje do branqueamento do politicamente correcto, tenho a certeza que alguém se há-de insurgir contra isso. No entanto, eu que não acredito em politiquices e nunca resolvi nada pela força, tinha nestes livros os meus favoritos de infância.
A história deste livro é simples, e centra-se no rapto de Panoramix pelos romanos para obterem o segredo da poção mágica, com todas as peripécias que já sabemos virão a seguir. Acaba como sempre, com um grande banquete em que o bardo é de algum modo impedido de cantar!
Recomendo a todos os jovens de espírito, a todos os que gostam de BD e bons livros, a todos os que querem passar um bom momento com os seus filhos em leituras conjuntas.
E quem não se lembra das famosas palavras de abertura?
Estamos no ano 50 a.C.. Toda a Gália está ocupada pelos Romanos… Toda? Não! Uma aldeia povoada por irredutíveis Gauleses resiste agora e sempre ao invasor.
Boas Leituras!