Livros que Recomendo – A Ilha do Dr. Moreau

moreau

Já há algum tempo que não recomendava um clássico mesmo à séria, de ficção científica da boa. H. G. Wells é um autor que já aqui foi falado quando recomendei o fabuloso A Máquina do Tempo, no entanto o seu génio não se esgotou com esse título. Outro livro que muito apreciei foi este que apresento hoje, A Ilha do Dr. Moreau.

Edward Prendick é um inglês que sobrevive a um naufrágio algures no Pacífico. É resgatado por um navio que o apanha em alto mar, e aí conhece Montgomery, que leva um carregamento de animais para a ilha do seu patrão, Dr. Moreau. Vendo-se expulso do navio junto da ilha, Prendick é acolhido por Montgomery e aí começa o verdadeiro pesadelo.

Um pesadelo de experiências cientificas entre homens e animais que nos fazem pensar sobre o que é que define um ser humano, relação entre ética e moralidade e a definição de humano. É mais um daqueles livros que parecem uma louca fantasia, mas que na realidade nos levam a reflectir sobre o que está no nosso íntimo enquanto seres individuais e enquanto espécie.

Recomendo a todos os amantes de ficção científica, a todos os que gostam de uma boa história que nos mantém presos da primeira à última página.

Boas Leituras!

Livros que Recomendo – A Máquina do Tempo

HGWElls

O Peixinho anda virada aos clássicos nas últimas semanas. Desta vez escolhi um clássico de ficção científica, por um dos mestres, H. G. Wells. A máquina do tempo foi uma expressão que apareceu pela primeira vez nesta novela e a partir daí nunca mais deixou de ser utilizada. Uma máquina como instrumento para nos fazer viajar através de diferentes épocas foi uma ideia que apelou ao nosso imaginário colectivo e que tem sido utilizada infinitamente desde a publicação deste livro em 1895.

O nosso viajante do tempo, como a personagem é apresentada, é um cientista e um inventor, explica aos seus convidados de jantar que descobriu que o tempo é uma quarta dimensão que pode ser percorrida como as outras e que está a construir uma máquina para o fazer.

Na semana seguinte convida as mesmas pessoas e assume a narração da história para contar tudo aquilo que viu nas suas viagens. A partir daí entramos num mundo fantástico em que nos é relatada a evolução do planeta através das paragens que o nosso viajante vai fazendo, descobrindo cada vez mais diferenças até à espécie humana estar quase irreconhecível. Temos aqui uma forte alegoria à diferença entre classes, à industrialização e ao fim do mundo como o conhecemos.

Este livro já deu azo a muitos estudos académicos, e inúmeras obras relacionadas, quer em livro, quer em teatro e cinema.  Todo um mundo de obras que se baseiam nesta simples premissa, que viajar no tempo é possível e desejável.

Recomendo muito este livro, não só a amantes de ficção científica, mas a todos os que gostam de ler os clássicos, de descobrir livros bem escritos e que serviram de inspiração a tantos outros. Eu gostei muito e sinto que tenho de o reler em breve.

Boas Leituras!