A exposição do Amadeo

Tal como eu tinha sugerido aos meus leitores algures durante a semana, a exposição do Amadeo de Souza Cardoso era um bom programa para um fim de semana de chuva. E por isso mesmo este Domingo decidimos dar um saltinho até lá.

Como o Peixinho Vermelho trabalhou o Sábado todo, não nos levantámos muito cedo, e fomos até ao Chiado em modo turistas na própria cidade. Aproveitando os raios de sol que resolveram aparecer naquele momento, e passeando um bocadinho.

O choque aconteceu quando chegámos à porta do Museu. À certa, porque primeiro ainda fomos até outra entrada que dava para outra exposição. Se quiserem lá ir ficam a saber que se entra pela Rua Capelo, e não pela Serpa Pinto. Mas quando chegámos já estava uma fila impressionante, coisa que para dois Peixinhos avessos a multidões não é muito entusiasmante.

De qualquer modo resolvemos esperar para ver, e a fila até estava a andar bem. Em menos de 15 minutos estávamos de bilhete na mão, prontos a entrar. Para nos depararmos com nova fila, já que as pessoas entravam a conta gotas consoante a primeira sala ficava com mais espaço.

E assim sucessivamente, em cada sala. Numa delas, existiam duas sub-salas, com filas separadas, onde tínhamos de esperar sucessivamente para conseguir entrar. Portanto, dizer que o espaço estava sub-dimensionado para a quantidade de pessoas a visitar a exposição é claramente um eufemismo.

Mesmo alguns dos quadros maiores, que exigiriam alguma distância física para os podermos abarcar na sua totalidade, tornava-se impossível ter uma visão de conjunto, quer devido ao número de pessoas, mas essencialmente por causa do espaço ser exíguo.

Claramente esta exposição tinha ganho em ter sido feita na Gulbenkian, CCB ou mesmo na Cordoaria Nacional, onde não estaríamos todos ao colo uns dos outros, quase com os segundos contados para ver cada obra.

Por isso, se acho que devem ir ver a exposição? Sem dúvida, mas se puderem façam-no a um dia de semana onde certamente terão mais tempo e menos gente e poderão ver todos os documentos, ler as passagens que estão nas paredes que muito enriquecem o acervo que lá se encontra.

Se só puderem ir ao fim-de-semana o meu conselho é para não preguiçarem como eu, e irem o mais cedinho que conseguirem (ou quiçá, irem quase ao fechar da loja… se calhar também funciona, mas sendo no Chiado não apostava nisso…)

O quadro que fotografei acima chama-se Máscara de Aço e é a única representação dum leitor que se encontrava na exposição. Achei que era a mais adequada a este espaço.

Boa visita!

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