Os 5 melhores livros de amor

Já que estamos mesmo quase no Dia dos Namorados é inevitável falar de livros de amor. Eu realmente não gosto de romances no sentido mais estrito do termo. Devo ter ficado escaldada dos tempos em que passava um mês inteiro na terra da minha avó, os livros que levava acabavam ao fim de 2 semanas e tinha de passar o resto do tempo a ler Selecções do Reader’s Digest de 1975, BD’s do Riso Mundial, e quando mesmo isso acabava só sobrava a colecção Arlequim da minha tia Aurora. Agradeço-lhe as horas de entretenimento que me proporcionou, mas fiquei vacinada para sempre contra livros de amor.

No entanto, há algumas histórias de amor intemporais, e que eu aconselho muito a fãs do género, mas essencialmente a qualquer fã de boa literatura. Ficam as minhas sugestões dos 5 melhores livros de amor, na perspectiva ictiológica, obviamente.

Amor em Tempos de Cólera: Começo a lista com o que para mim é a melhor de todas as histórias de amor, dum grande autor, Gabriel Garcia Marquez. Li este livro há pelo menos 20 anos, e ainda me lembro como se fosse hoje de estar a ler vorazmente na cama até às 5h da manhã e terminar lavada em lágrimas. Foi este livro que definiu para mim que o Amor não tem idade e que se pode esperar uma vida toda pela pessoa certa, que podemos ter caminhos paralelos que eventualmente hão-de convergir.

Como Água para Chocolate: De Laura Esquível. Mais um livro que li no final da adolescência, começo da vida adulta, quando ainda pensava que o mundo estava cheio de possibilidades e escolhas, e que independentemente do rumo que fôssemos obrigados a tomar, haveria sempre beleza para nós algures na vida. Mais um livro sul-americano, cheio de amores difíceis e muitíssimo bem escrito. Marcou-me, e ainda tenho citações escritas algures num caderninho.

A Insustentável Leveza do Ser: Milan Kundera foi dos meus autores favoritos nos meus 20 anos. Conheci-o porque ouvia o programa do Júlio Machado Vaz na rádio, “O Sexo dos Anjos” e eram lidas passagens dos seus livros muitas vezes. Este livro mostra-nos uma belíssima história de amor, complicada, difícil como a vida, com a vantagem de ter uma situação histórico-politica muito concreta como pano de fundo. Foi neste livro que eu soube o que era a “Primavera de Praga”. O filme, de 1988 com Daniel Day-Lewis e Juliete Binoche, é qualquer coisa de sublime, com cenas maravilhosas que ainda me lembro apesar de não o ver há tantos anos. Recomendo o livro e o filme.

A Casa dos Espíritos: de Isabel Allende. Mais uma escritora sul-americana na lista. Infelizmente não gosto de quase nada do que esta autora escreveu mais recentemente, mas lembro-me que este livro era bastante bom, e mais uma vez falava do amor numa perspectiva completa e através de gerações.

The Housekeeper and the Professor: de Yoko Ogawa, uma autora japonesa, esta história é maravilhosamente asiática. É simples, delicada, mas extremamente bonita. Fala do amor numa dimensão humana e profunda, no encontro entre seres humanos que se ajudam mutuamente e preenchem espaços importantes nas vidas uns dos outros. Foi um livro que me marcou bastante e que mais uma vez recomendo.

E pronto, aqui ficam as minhas sugestões de romances para aqueles que, ao contrário de mim, comemoram o Dia de São Valentim.

 

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